Esse blog é um projeto de monitoria orientada pelo professor Greyson Esper, com intenção de acrescentar e complementar informações ao aprendizado e torná-lo mais tranquilo e agradável. De estudante para estudante. Guilherme Mulinari".
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Semiologia do Sistema Respiratório
O sistema respiratório possui função de
realizar as trocas gasosas entre o ambiente interno de um organismo com seu
meio externo, sendo muito importante para a liberação de dióxido de carbono do
organismo, e, em outro momento a retenção do oxigênio necessário para a
metabolização celular. Porém existem outras funções como de olfação, produção
de sons, equilíbrio ácido-básico, produção de serotonina e aldosterona e
regulação térmica.
DIVISÃO
DO SISTEMA RESPIRATÓRIO:
Trato respiratório superior:
Narinas, Cavidade Nasal, Faringe, Laringe.
Trato respiratório inferior:
Traqueia, Brônquios, Bronquíolos, Pulmões, Pleura, Alvéolos.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
ESPÉCIE: Enfermidades
respiratórias específicas de cães como tosse dos canis e em gatos como complexo
respiratório felino.
RAÇA: Algumas raças podem
apresentar predisposição para problemas respiratórios como cães braquicefalicos,
por exemplo, por sua anatomia diferenciada a ocorrência de estenose de narina.
IDADE: Diferenciar as
moléstias conforme idade, como fistula oro nasal e em cães idosos e fenda
palatina congênita.
SEXO: Como gatos machos são
mais predispostos a complexo respiratório felino.
AMBIENTE: É importante
reconhecer a região em que o animal vive, pois algumas enfermidades podem
acometer o sistema respiratório são endêmicos de determinadas regiões, como sinais
respiratórios da cinomose.
ANAMNESE:
avaliar a queixa principal não sendo tendencioso, porém direcionando as
perguntas para a sua suspeita clinica, avaliar os sinais e sintomas se possível
com o animal solto no consultório antes da inspeção direta ou exame físico,
questionar o manejo sanitário, nutricional, condicionamento físico, ambiente e que
o animal vive (poeira, pólen, fumantes, alergia), contato com outros animais e
acesso a rua entre outras questões que possam afetar o sistema respiratório.
EXAME
FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
O
diagnóstico e o tratamento das doenças respiratórias em animais são uma
constante e uma das principais atuações na clínica veterinária. Algumas doenças
que afetam o sistema respiratório requerem poucos recursos de diagnósticos,
enquanto outras exigem até o auxílio da necropsia. É de grande importância o
diagnóstico precoce de uma afecção para a instituição do tratamento e prevenção
de novos episódios de doença.
INSPEÇÃO
GERAL
|
De
preferencia realizar sem tocar ou estressar o animal, observar a expansão
torácica, observar o comportamento se há ocorrência de dor ou não, a
observação pode ser realizada observando de cima para baixo.
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Oscilações
fisiológicas da F.R.
|
Quanto
menor a idade do animal maior será a sua F.R. Animais de porte grande, idosos
e obesos apresentam F.R. menor. Durante a gestação e exercício físico há
aumento da F.R., sendo gradativo.
|
Oscilações
patológicas da F.R.
|
Taquipnéia:
aumento da F.R.
Bradipnéia:
diminuição da F.R.
Apnéia:
ausência total da respiração.
|
INSPEÇÃO NASAL
|
Alterações
no espelho nasal se há ressecamento ou presença de secreções, no conduto ou
fossa nasal alterações na coloração e umidade da mucosa procurando lesões.
Observar nas narinas há presença de corrimento se é uni ou bilateral, odor da
respiração, fluxo de ar e com as costas da mão a temperatura do ar.
|
TOSSE
|
Mecanismo
de limpeza do sistema respiratório e ocorre quando há irritação nas
terminações nervosas da laringe e traqueia provocada pela inflamação da
mucosa por um agente agressor.
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Tosse
seca
|
Normalmente
indica inflamação nas vias aéreas superiores (faringite, laringite)
|
Tosse
produtiva
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Aumento
do exsudato broncopulmonar. Liquido inflamatório se movimenta nas vias aéreas
com a respiração (broncopneumonias).
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Reflexo
da tosse
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Compressão ou fricção dos primeiros
anéis traqueais.
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(CACHORROBOMBLOGSPOT, 2015)
(TULESKI, 2011)
PERCUSSÃO TORÁCICA
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Diagnostica alterações conforme
presença ou ausência de líquidos no trato respiratório e deve ser realizada
digito digital, feita na direção craniocaudal e dorsoventral. Limites para a
realização do exame:
ANTERIORES: musculatura da escapula
(som maciço)
SUPERIORES: musculatura dorsal (som
maciço)
POSTERIORES: De acordo com a espécie
animal, observando-se o cruzamento de linhas que passam, imaginariamente, nos
espaços intercostais (EIC) com linhas, imaginárias e horizontais, que passam
sobre a tuberosidade ilíaca 11º EIC, tuberosidade isquiática 10º EIC e na
articulação Escapuloumeral 7º EIC.
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Ampliação
da área de percussão
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Enfisema pulmonar, som claro se
modifica para timpânico.
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Som
metálico
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Quantidade exagerada de gás
associada ou não a líquidos (cavernas cheias de ar como no pneumotórax ou
tuberculose).
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Som
maciço ou submaciço
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Áreas de condensação ou compressão
pulmonar (tumores, grandes abscessos, atelectasia).
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Linha
de percussão horizontal
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Do som claro ao maciço ou submaciço
em linha reta com animal em pé indicação de liquido na cavidade torácica.
(hemotórax, piotórax).
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(FEITOSA, 2014)
AUSCULTAÇÃO
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É o método que mostra mais
informações sobre o sistema respiratório, quando realizado corretamente, a
interpretação dos ruídos diferenciando padrões normais de alterados.
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Técnica
|
Preferencialmente animal em estação,
com estetoscópio ausculta todo o tórax no sentido craniocaudal e
dorsoventral, se necessário pode realizar algum exercício físico com o animal,
para ausculta de mudança de padrão e percepção de ruídos que aparecem após o
exercício.
|
Ruidos
normais
|
Laringotraqueal: E o ruído provocado
pela vibração das paredes da laringe e da traquéia, sendo ouvido sobre a
região da traquéia cervical, no momento da passagem do ar.
Traqueobrônquico: A ausculta na área
torácica, produzido pela passagem do ar pelos grandes brônquios e porção
final da traquéia, com vibração de suas paredes.
Bronco-bronquiolar: produzido pela
vibração das paredes dos brônquios menores e bronquíolos.
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Ruidos
Pulmonares Patológicos
|
Alteração nos ruídos respiratórios
normais devido a determinadas enfermidades.
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Crepitação
grossa
|
Liquido no interior dos brônquios,
som se assemelha a estourar bolhas.
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Crepitação
Fina
|
Inspiratório edema pulmonar ou
pneumonia se for misto dpoc (doença pulmonar obstrutiva crônica), bronquiolite
enfisema pulmonar, ruído semelhante ao se esfregar cabelos próximos à orelha.
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Inspiração
Interrompida
|
Presença de pouco líquido na
cavidade, pequenas interrupções na respiração como se fosse o soluçar de uma
criança chorando.
|
Sibilo
|
Compressão da traquéia, estenose da
laringe ou obstrução em pequenas vias aéreas, manifestação sonora ou aguda
que se assemelha a chiado ou assobio.
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Ronco
|
Ruído grave, de alta intensidade,
produzido pela vibração de secreções viscosas aderidas às paredes de grandes
brônquios, durante a passagem do ar.
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Ruido
Cardiopleural
|
Pleurite ou pericardite, ruído rude,
semelhante ao raspar de duas superfícies ásperas.
|
Ruido
Cardiopulmonar
|
Animais saudáveis ou com
bronquiolites, ruído suave, de baixa intensidade semelhante ao soprar com os
lábios fechados.
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Broncofonia
|
Ruídos propagados nas vias aéreas
anteriores como voz ou gemidos, ouvidos principalmente na região anterior ao
tórax.
|
Ruídos
Acessórios
|
São ruídos que perturbam e
dificultam a auscultação, ruído das contrações musculares, crepitações dos
pelos, deglutição e ruídos gastroentéricos, ruídos produzidos pelo ambiente.
|
(FEITOSA, 2014)
EXAMES COMPLEMENTARES
RADIOGRAFIA – exame não
invasivo permite analisar estruturas intratorácicas e também os seios
paranasais para identificação de alterações, importante para análise das
estruturas inacessíveis a um endoscópio, permite a visualização densas e liquidas
em contraste com o pulmão, é possível confirmar o diagnóstico de pneumonia, enfisema,
abscessos e neoplasias.
(ZANNATA, 2011)
(SIMÕES, 2007)
ENDOSCOPIA – Permitem
analisar as características físicas e funcionais do sistema respiratório além
de facilitar a colheita de secreções, líquidos que poderão ser utilizados para
o diagnóstico do agente que está ocasionando a enfermidade.
(DICASPELUDASBLOGSPOT, 2011)
(CLINICAVETRINARIADOUTOURJULY,
2014)
LAVADO BRONQUEOALVEOLAR -
Colheita de células, através de um lavado com solução fisiológica estéril e
coletada novamente, este material é avaliado pela cultura microbiológica e
exames imuno-histoquímicos e, dessa maneira, proporcionar o diagnóstico do
agente causal, determinar a gravidade da resposta inflamatória, auxiliar na
instituição do tratamento adequado e do prognóstico das doenças respiratórias.
HEMOGASOMETRIA - são
indicadas para documentar a insuficiência pulmonar, diferenciar hipoventilação
de outras causas de hipoxemia, ajudar a determinar a necessidade de terapia de
suporte com oxigênio e monitorizar a resposta ao tratamento. Avaliar a relação
ácido-base do sangue arterial.
TORACOCENTESE - é indicada
para a colheita de amostras de líquido pleural para realização de exames
citológicos e microbiológicos e, também, como método terapêutico em animais com
ventilação comprometida pela compressão pulmonar, por depósitos de líquido ou
ar no espaço pleural.
BIOPSIA PULMONAR - é
indicada para obtenção de amostra tecidual para diagnóstico histológico ou para
informações prognosticas, principalmente, em casos de moléstias pulmonares
difusas. Em casos de lesões focais, como nas neoplasias, a colheita deve ser
guiada por ultrassom ou endoscopia, visto que a amostra obtida é muito pequena.
Contra indicado em pacientes que apresentem sinais clínicos severos que possam
ser agravados pelo procedimento.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:
visibilização de estruturas do aparelho respiratório como: cartilagem
aritenóide, cartilagem tireóide, cavidade nasal, coanas, epiglote, laringe,
meato nasofaríngeo, nasofaringe, orofaringe, recesso maxilar, tonsila palatina
e traqueia.
(HAGE, 2010)
TERMOS
MÉDICOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
|
|
CIANOSE
|
Coloração
azulada da pele e mucosas por hipóxia.
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CORRIMENTO
NASAL
|
Aumento da secreção respiratória.
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EPISTAXE
|
Sangramento
no trato respiratório superior, sangue escuro.
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HEMOPTIASE
|
Sangramento
proveniente do trato respiratório inferior, sangue de coloração vermelho vivo
e presença de bolhas de ar .
|
HIPERPNÉIA
|
Aumento
anormal da profundidade respiratória.
|
POSIÇÃO
ORTOPNEICA
|
Dificuldade
de troca gasosa com abdução dos membros torácicos e estiramento cervical,
abertura das narinas e posição sentado.
|
ESPIRRO
|
Reflexo
de proteção, exalação forçada de agentes que tentam penetrar o sistema
respiratório.
|
REFERENCIAS
FEITOSA, Francisco
leydson Semiologia Veterinária: A Arte do Diagnóstico. In: FEITOSA, FRANCISCO
LEYDSON F.. Semiologia Veterinária: A Arte do Diagnótico. 2014. ed. : Roca - Brasil, 2014. Cap. 1
– Semiologia do sistema respiratório. p. 313-331.
HAGE, Maria
Cristina F.N.S. et al . Imagem por ressonância magnética na investigação da
cabeça de cães. Pesq.
Vet. Bras., Rio de Janeiro , v. 30, n. 7, p.
593-604, July 2010.
SIMOES, Edson A. et al . Viabilidade da pneumonectomia direita em cães: uma avaliação
paramétrica, hemogasométrica e radiográfica. Pesq.
Vet. Bras., Rio de Janeiro , v. 27, n. 11, p.
447-454, Nov. 2007.
ZANATTA, R.;
CANOLA, J.C.. Avaliação radiográfica e tomográfica dos seios nasais de gatos
com doenças sinonasais crônicas. Arq.
Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte , v. 63, n.
4, p. 844-849, Aug. 2011.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Semiologia do Sistema Cardíaco
O exame físico detalhado e
completo é de extrema importância para a classificação do paciente como
cardiopata ou não, em seguida é realizada os exames complementares com o único
objetivo de confirmar o diagnóstico (Ex: ausculta cardíaca percebe-se que o
paciente apresenta uma arritmia, nesse caso o eletrocardiograma é o exame
complementar de eleição para confirmar o diagnóstico.
ANATOMIA
DO CORAÇÃO
O coração dos cães e dos gatos em termos anatómicos é
semelhante ao nosso, sendo constituído por 4 câmaras de tecido muscular (2 átrios
e 2 ventrículos). Entre cada átrio e cada ventrículo, e também à saída destes
últimos para as artérias, existem válvulas que impedem que o sangue volte para
trás quando o coração contrai. As doenças do coração podem surgir tanto no
músculo das câmaras cardíacas como nas válvulas e às vezes até em ambos.
(VETCODOCEGO, 2015)
CICLO
CARDÍACO
(BNCPORTFOLIO, 2015)
(GUYTON, 2011)
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
ESPÉCIE: Na medicina de
pequenos animais algumas doenças se apresentam com maior frequência em cães
outras em gatos (miocardiopatia dilatada congestiva idiopática em cães,
miocardiopatia hipertrófica em gato).
RAÇA: Algumas raças podem
apresentar predisposição para cardiopatias especificas um exemplo é o
tromboembolismo aórtico no Maine coon.
IDADE: Diferenciar as
moléstias conforme idade, por exemplo, cão com 3 meses com murmúrio na ausculta
pode ser indicativo de miocardiopatia congênita já um cão com 10 anos uma
miocardiopatia adquirida
.
SEXO: Existem poucas
cardiopatias geneticamente ligadas ao sexo.
AMBIENTE: É importante
reconhecer a região em que o animal vive, pois algumas enfermidades podem
acometer o sistema cardíaco são endêmicos de determinadas regiões, como
dirofilariose.
ANAMNESE:
avaliar a queixa principal não sendo tendencioso, porém direcionando as
perguntas para a sua suspeita clinica, avaliar os sinais e sintomas se possível
com o animal solto no consultório antes da inspeção direta ou exame físico, questionar
o manejo sanitário, nutricional, condicionamento físico entre outras questões
que envolvam o sistema cardíaco.
INSPEÇÃO
DIRETA
AVALIAÇÃO
FÍSICA
|
Verificar
edemas, pulso venoso, postura dos membros torácicos (abdução na tentativa de
respirar melhor, diminuir dor em casos de edema pulmonar, observar se há
dilatação de veias (Ex.: jugular ou mamária) e anóxia (palidez de mucosas).
|
EXAME
DAS MUCOSAS
|
Avaliação
da coloração.
|
AVALIAÇÃO
DO SISTEMA CIRCULATÓRIO PERIFÉRICO
|
T.P.C.
avaliar o estado hídrico do animal, como sinais de desidratação e
hipovolemia.
|
PULSOS
VENOSOS
|
-Pulso venoso negativo: fisiológico e é
observado durante a fase final da fase diastólica.
-Pulso venoso positivo: patológico e é
observado desde a entrada no tórax, propagando-se em direção à mandíbula,
durante a fase sistólica ventricular.
|
INSPEÇÃO INDIRETA
AUSCULTAÇÃO - deve-se
realizar conjuntamente com a auscultação pulmonar (alguns problemas
circulatórios levam à problemas respiratórios). Avalia-se: frequência cardíaca,
ritmo cardíaco, bulhas, ruídos anormais (sopros ou roces) e ruídos adventícios.
Frequência cardíaca
Normal
|
Cães:
70-160
Cães
filhotes: 110-120
Gatos:
120-140
|
Bradicardia
|
Retardamento do ritmo cardíaco abaixo de uma
frequência determinada pela espécie como padrão mínimo.
|
Taquicardia
|
Aceleração
dos batimentos cardíacos acima de determinada frequência determinada como
padrão máximo pela espécie.
|
(SEPEC, 2014)
Sítios de auscultação
(Pulmonar,
Aórtico e Mitral: 3º, 4º e 5º espaços intercostais,Tricúspide: 4º espaço intercostal).
Timbre e ritmo
Sopros Cardíacos - são
vibrações sonoras que decorre de alterações de fluxo sanguíneo pelas câmaras e
válvulas cardíacas. Devem-se avaliar os sopros para identificar sua fonte e
analisar os efeitos que possam decorrer deles. Há três grandes grupos de causas
para os sopros dentre eles diminuição da viscosidade sanguínea, velocidade de
fluxo alto e diâmetro dos vasos aumentado.
Graus de sopro
Grau
I
|
Baixa
intensidade que pode ser auscultado apenas após alguns poucos minutos de
ausculta e sobre uma área bem localizada.
|
Grau
II
|
Sopro
de baixa intensidade, identificado após a colocação do estetoscópio.
|
Grau
III
|
Sopro
de intensidade moderada, audível logo após a colocação do estetoscópio, e que
se separa uma ampla área de ausculta, mas que não produz frêmito palpável.
|
Grau
IV
|
Sopro
de alta intensidade que é ouvido em uma ampla área, sem frêmito palpável.
|
Grau
V
|
Sopro
de alta intensidade que gera um frêmito palpável.
|
Grau
VI
|
Sopro
de alta intensidade suficiente para ser auscultado estando o estetoscópio
apenas próximo à superfície torácica e que gera um frêmito facilmente
palpável.
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Palpação
Utilizado
para a avaliação arterial e vascular.
|
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Avaliação
pulso arterial
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Frequência,
ritmo, amplitude.
|
Classificação
|
Hipercinético:
forte
Hipocinético:
fraco
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Locais
para avaliação
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Cão
e gato: artéria femoral
|
(CÃOFELIZ, 2014)
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais - Mensuração
da atividade da enzima Creatina quinase (CK) ou Creatina Fosfoquinase (CPK) e
da Lactato Desidrogenase (LDH) .Essas enzimas, cuja atividade aumenta principalmente
em casos de lesão muscular, possuem isoenzimas cardioespecíficas. Portanto, ao
serem dosadas suas atividades, podemos avaliar se há ou não lesão das fibras
musculares cardíacas, como a que ocorre em decorrência de uma isquemia do
miocárdio, por exemplo.
Hemograma - Aumento do hematócrito
devido uma compensação gerada pela diminuição do débito cardíaco e
consequentemente a oxigenação tecidual.
ELETROCARDIOGRAMA
Eletrocardiograma em cães e
gatos é indicado para avaliar a frequência e ritmo cardíaco. No entanto, além
de possibilitar essa investigação, esse exame também pode ser requisitado para
analisar outros aspectos cardíacos do animal, sendo indispensável no período
pré-operatório avaliando possíveis riscos relacionados aos pacientes, que serão
submetidos à anestesia ou procedimentos cirúrgicos, de fato. A arritmia é um
fator que preocupa após a ausculta, esse exame é utilizado para confirmar a
suspeita do quadro.
(VETCRIAKAO, 2015)
ECOCARDIOGRAMA
O exame ultrassonográfico
cardíaco que permite obter algumas informações sobre o coração do cão ou gato,
como tamanho e função das câmaras que constituem o coração (átrios e
ventrículos); espessura das paredes; integridade e movimentação das válvulas
cárdicas (mitral e tricúspide entre átrios e ventrículos, aórtica e pulmonar
entre ventrículos e artérias); padrões do fluxo sanguíneo; avaliação das veias
cavas, veias pulmonares, artéria pulmonar e aorta; análise do pericárdio, além
de alguns indicadores de função ventricular. As indicações são para o
diagnóstico de doenças como insuficiência valvular, cardiomiopatias, efusões
pericárdicas entre outros. É possível também avaliar aumento das câmaras
cardíacas e formações neoplásicas.
(CENTROVETERINARIOPETVET,
2015)
*Doppler - função especial
do exame ultrassonográfico, que permite a visualização de estruturas
vascularizadas e fluxo sanguíneo: detalhes que aumentam a eficácia do exame ao
fornecer dados mais precisos sobre a direção e a velocidade do fluxo sanguíneo
no coração e vasos. Caso o médico veterinário deseje que o exame utilize
doppler, tal função deverá estar especificada no pedido. O exame é composto por
imagens estáticas e em movimento dos músculos e válvulas do coração e quando
o doppler é utilizado em conjunto é possível identificara direção do
fluxo e velocidade do sangue graças ao mapeamento em cores que a técnica
produz.
(PETSHOPMAGAZINE, 2015)
(CARVALHO, 2008)
TERMOS MÉDICOS
Cianose
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Coloração azulada da pele e mucosas por hipóxia.
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Dispnéia
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Dificuldade respiratória.
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Caquexia cardíaca
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Aumento notável do catabolismo.
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Síncope
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Perda súbita da consciência e do tônus muscular.
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Arritmia sinusal
|
Arritmias de origem sinusal são
aquelas originadas no nó sinusal ou sino-atrial.
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Taquiarritmia
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Cadencia rápida do ritmo do coração, arritmia rápida.
|
Bradiarritmia
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Frequência e/ou ritmo cardíaco que
cursam com resposta ventricular baixa
|
Taquicardia
|
Aceleração dos batimentos cardíacos acima dos
parâmetros da espécie.
|
Bradicardia
|
Retardamento do ritmo cardíaco abaixo dos parâmetros da
espécie.
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Icterícia
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Deposição de bilirrubina na pele e mucosas.
|
Edema pulmonar
|
Acumulo de líquido no pulmão.
|
Ascite
|
Acumulo de liquido na cavidade abdominal.
|
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